No último fim de semana estivemos na Brasil Comic Con, organizado pelo pessoal da Yamato – mesma empresa que realiza anualmente o Anime Friends.
Realizado no recém-inaugurado Centro de Convenções Pró Magno e utilizando grande parte dos 48 mil m² do local, o evento voltado para os fãs de cultura pop teve de tudo um pouco e o mais importante é que manteve o foco nos quadrinhos, assim como a Comic Con costumava fazer em seus primórdios nos EUA.
Aqui compartilharemos toda nossa experiência e o que de melhor e pior vimos por lá.
Prós
- Beco dos Artistas
O evento reuniu uma grande quantidade de quadrinistas nacionais e internacionais, proporcionando aos fãs a chance de interagir com seus artistas preferidos, seja conseguindo autógrafos, tirando fotos, comprando pôsteres ou simplesmente parando para trocar uma rápida ideia. Essa proximidade sem dúvida fez valer o ingresso de muitos.
Entre os artistas presentes, podemos destacar: Mike Deodato Jr, (Thunderbolts), Luke Ross (Samurai: Céu e Terra), Arthur Suydam (Zumbis Marvel), James O’Barr (O Corvo), Will Conrad (Asa Noturna), Joe Bennett (Mulher-Maravilha), entre outros…
- Painéis
Alguns dos artistas convidados realizaram painéis contando novidades e compartilhando suas experiências. Dentre os que pudemos ver estão James O’Barr (criador da HQ O Corvo), que revelou estar diretamente envolvido com a nova adaptação do Corvo para os cinemas; Takumi Tsutsui (ator que interpretou o Ninja Jiraya); Paul Zaloom (Beakman), que encarnou o personagem e fez algumas demonstrações no palco principal; e Sylvester McCoy (Doctor Who e O Hobbit), o qual compartilhou suas experiências como Doctor Who e também no set de filmagens de O Hobbit.
- Expositores
O que seria de um evento deste porte sem a presença de expositores? Tivemos diversas editoras com lançamentos e também vendendo seus produtos a bons descontos, como por exemplo: New Pop, Mythos, Devir, Panini, Draco, Nemo, entre outras.
Além disso, estandes vendendo action figures e jogos também estiveram por lá. Os de maior destaque foram definitivamente o da Copag, responsável pelo card game da Marvel (Battle Scenes), que aproveitou a oportunidade para lançar o deck Invasão Cósmica (focado nos Guardiões da Galáxia); e a Galápagos, dedicada a jogos de tabuleiro, cujos maiores destaques foram as promoções dos jogos Zombicide e Game Of Thrones. Em relação a TV e cinema, pouco vimos por lá, a exceção foi o Syfy Channel.
- Cosplay
O que seria de um evento como esses sem a presença massiva de cosplayers? Certamente perderia um pouco do charme, não é mesmo? Bom, não faltaram cosplayers interessantes na Brasil Comic Con, principalmente devido a competição entre os mesmos, que ofereceu a maior premiação até o momento no país.
- Praça de Alimentação
Os food trucks, que viraram mania em São Paulo, foram a grande atração da Food Park – Praça de Alimentação da Brasil Comic Con. Foram diversos trailers com a maior diversidade que você pode imaginar, desde do mais suculento hambúrguer até lanches veganos. Portanto, não faltaram opções de boa comida.
Aliás, tomara que a Yamato continue investindo nesta ideia e leve para o Anime Friends o mesmo conceito.
Contras
- Palco Principal
Para um evento do porte que se propôs, o palco principal ficou devendo e muito. Faltou uma mesa/bancada para que os convidados e entrevistadores ficassem mais a vontade e o som se perdia bastante para quem estava assistindo aos painéis na parte de trás do público.
- Sinalização
Alguns setores não estavam bem sinalizados no ambiente do evento, sendo necessário você estar com um mapa ou ir andando para conhecer tudo. Seria essencial que o ambiente tivesse uma sinalização melhor nas próximas edições, indicando locais das principais exposições, beco dos artistas e contando com locais espalhados informando a programação completa do Palco Principal.
- Poucos Expositores
Os expositores que foram fizeram muito bem seu papel, contudo o local tinha estrutura suficiente para comportar um número bem maior de expositores, principalmente que possam oferecer produtos com descontos diferenciados.
- Local/Transporte
O Centro de Exposições Pro Magno ainda não teve suas obras completamente finalizadas e isso pode ser visto claramente. Ademais, o transporte para o local não é tão simples, visto que não há estações de metrô ou trem próximas. Uma alternativa seria o evento fornecer opções de traslado partindo de algumas estações, mas fica só a sugestão.
Veredito
No fim das contas, o evento foi muito proveitoso e certamente deve ter agradado a maioria dos presentes. Entretanto, percebe-se claramente que ainda é um projeto em desenvolvimento e falta bastante chão para realmente lembrar o clima das grandes Comic Cons realizadas nos EUA.
Segundo números divulgados pela equipe da Yamato, cerca de 14.000 pessoas compareceram aos 2 dias de evento, ficando um pouco abaixo da expectativa inicial, que era de 15.000 presentes. A proximidade com a Comic Con Experience, evento que conseguiu agregar um maior número de expositores e artistas internacionais, com certeza contribuiu para o resultado apenas modesto.
Aliás, a falta de algumas editoras de peso (Panini, por exemplo), distribuidoras de filmes e grandes lojas (a Comix, foi uma que não esteve por lá) pode ter se dado em razão do investimento em dois eventos tão próximos e acontecendo na mesma cidade.
Esperamos que para o próximo ano os dois eventos possam ocorrer mais distantes um do outro, de maneira a termos um calendário de eventos mais funcional. Outra alternativa interessante seria a migração para outra cidade (o Rio de Janeiro é um município que apesar de enorme abriga poucos eventos de larga escala para este público-alvo), uma vez que em São Paulo já ocorrem o Anime Friends e a Comic Con Experience.
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