Em meio a tantos desafios, num contexto de pandemia, de inúmeras tentativas de estrear nos cinemas, finalmente foi lançado hoje (17), um dos filmes mais aguardados do ano; o longa Mulher Maravilha 84 (WW84). O segundo filme de uma das grandes heroínas da DC, Diana Prince.

*Atenção essa matéria contém spoilers.

Novamente dirigido por Patty Jenkins e méritos ao grande sucesso do primeiro filme, temos uma nova aventura de Diana, dessa vez com o contexto da Guerra Fria. Novos personagens também surgem no longa e bem conhecidos pela galera que curte os quadrinhos como Maxwell Lord (Pedro Pascal) e a Mulher Leopardo/ Barbara (Kristen Wiig) e a volta de Steve Trevor (Chris Pine).

Logo no início do filme, temos flashback de Diana criança em um dado momento de jogos olímpicos das Amazonas, onde ela perde por tentar trapacear, cena que não era preciso para o conjunto da obra em si, mas que é fofa. A trama vai desenrolando, até o surgimento de uma Joia, que é a grande mentora de todo o contexto do enredo, pedida para ser estudada pelo próprio FBI, sua lenda diz que toda pessoa que pedir algo a ela, terá o desejo realizado, o que vai se tornar a grande problemática.

Barbara, uma mulher brilhante com inúmeras especialidades, mas que não tem amigos e vista como “esquisita”, assim surge a Mulher Leopardo, que ao conhecer Diana já pede para ser amiga, e ao longo que vai conhecendo quer mais e mais ser como ela, principalmente em autodefesa.

Maxwell, um homem conhecido pelo seu rosto na TV, mas que no fundo está na beira do fracasso, e ainda tem o seu filho na cola, sua maior ambição é conquistar o sucesso independente da forma que venha. Após saber do paradeiro da joia e do seu poder, ele corre atrás de tentar conquistar o seu sucesso.

Temos também a volta de Steve Trevor – que em forma de desejo retorna para mais uma aventura – e junto com Diana eles tentam recuperar a joia. Destaque para o contexto histórico apresentado a joia, levando a momentos da história específicos o que foi algo muito interessante e remetente a HQ.

Os figurinos estão sensacionais, referência crucial as vestimentas utilizadas nos anos 80, algo extremamente positivo para o filme. Destaque também para o apelo da nostalgia e dos momentos icônicos que são oriundos dos quadrinhos. Algo que pode incomodar, principalmente para os fãs da HQ, é o Maxwell um vilão mediano se tornando grande, e a Mulher Leopardo se tornando mediana, uma troca de funcionalidades, entre ambos os vilões.

Sobre a cena da luta entre Mulher Maravilha e Mulher Leopardo, confesso-lhes que me decepcionou um pouco, esperando aquela pontinha de algo a mais, o que também se aplica para a armadura, sendo ambas no final da trama e muito rápidas. Mas como um todo não compromete a obra e é desculpada por todas as cenas de ação e a trilha sonora que é um ponto de partida de se elogiar e muito.

Não tem o que se criticar do elenco fabuloso, onde Pedro Pascal brilhou em seu papel e Kristen apesar das ressalvas fez um trabalho sensacional; Gal Gadot inquestionável como Diana Prince, ela é de fato a Mulher Maravilha. Ênfase também para Patty Jenkins, que mostrou o seu Girl Power e deixou seu recado e já adianto que em alguns momentos com uma pintada de manifestação e crítica.

Para finalizar o filme em si, ele tem uma lição bem bacana onde o maior erro do mundo e da humanidade é a ganância do ser humano, e em plena pandemia que o mundo se encontra, o ponto chave da lição são pequenos detalhes que são o que realmente importam. O veredito é que o filme está excelente, mesmo com alguns deslizes não compromete; o longa cumpre de fato a proposta que prometera. Então podem conferir tranquilos que irão encontrar um filme top de linha do mundo da DC, com carisma, ação, aventura e acima de tudo nostalgia para todos os nerds que amam esse universo.

Escrito por: Ana Cristina.

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