Mais um filme de terror a chegar ao catálogo da Netflix, Escolha ou Morra nos traz uma espécie de Jumanji maligno
O filme abre com um homem de meia idade, pai de família, descobrindo por acidente um game dos anos 80 chamado Curser, no qual você deve basicamente escolher entre duas opções para seguir em frente.
Aquilo que aparentemente serviria apenas como um passatempo nostálgico acaba ganhando um outro vulto quando as opções do jogo interativo cão se tornando cada vez mais sadisticas e passam também a influenciar a própria realidade.
Após isso temos um salto temporal e uma nova pessoa descobre o game, a jovem Kayla. A partir daí, a história se repete com o game a obrigando a escolhas quase impossíveis. E, como o próprio título sugere, caso você não tome uma decisão, você morre.
O longa dirigido por Toby Meakins, estrelado por Iola Evans (The 100) e Asa Butterfield (Sex Education) até tem uma premissa interessante, contudo a execução é bastante falha.
Temos personagens que praticamente não possuem nenhuma caracterização, a não ser um acontecimento perturbador sofrido no passado da protagonista. Mas, que é insuficiente para definir, de fato, sua personalidade.
Além disso, ela vive um drama familiar que traz uma figura antagônica extremamente forçada. Um personagem que está ali como uma caricatura para ser foco do ódio do público.
Tudo isso é construído para que nós possamos sentir mais facilmente empatia pela Kayla, ao invés de realmente tentar dar uma personalidade a ela.
E o que falar de Asa Butterfield? Já que o coitado saiu de Sex Education para esse filme. Bom, seu personagem é até “menos pior”.
Ele é um programador que tem como sonho desenvolver seu próprio game – “tremenda coincidência” – e nutre um amor platônico por Kayla.
Pra mim, ele até funcionaria melhor como protagonista por ser alguém mais realista, não simplesmente parecendo ter sido escrito para que simpatizemos com sua situação.
Outro aspecto no qual o filme falha miseravelmente é em criar tensão. Primeiro porque nós não nos importamos com os personagens, e segundo porque a atmosfera criada não ajuda na grande maioria das vezes. A música tão não é muito bem inserida, os jump scares são forçados demais e falta senso de urgência nos próprios participantes do jogo.
No fim das contas, Escolha ou Morra é um filme totalmente descartável, que talvez funcione para um ou outro por causa de seu conceito, mas que ficou devendo, e muito!
Filme ruim mesmo putz!