Depois de saber que Lúcifer, baseado na HQ homônima da Vertigo/DC, ganharia uma série de TV fiquei com um pé e meio atrás. Aliás, o trailer não ajudou em nada a mudar meu pensamento. Sabendo disso, vocês podem imaginar minha expectativa ao ver o episódio piloto do seriado.
Bom, a verdade é que vi algum potencial. Se você for esperando uma adaptação fiel da HQ, com certeza irá se decepcionar bastante (principalmente levando em conta comente este primeiro episódio), mas se manter a mente aberta pode, assim como eu, captar alguns elementos positivos e inclusive perceber algumas referências aos quadrinhos.
Aqui, Lúcifer (Tom Ellis) decide abandonar suas obrigações como Senhor do Inferno e vai para o plano terreno, onde tem uma boate chamada Lux, em Los Angeles. Entretanto, ele vem sendo coagido para voltar as suas funções afim de que o equilíbrio seja restabelecido.
Essa parece ser a premissa central, que supostamente irá permear a maior parte da temporada. Contudo, nesse início percebe-se que teremos uma dinâmica da série policial servindo como mola propulsora, o que pode vir ser utilizado em boa parte dos episódios futuramente, e se isso realmente acontecer será um desperdício.
Neste piloto, temos a morte de Delilah, uma famosa cantora à qual o anjo caído ajudou a encontrar fama. Tomando o caso como pessoal e demonstrando uma surpreendente empatia, ele decide encontrar o responsável pelo assassinato.
Logo, não demora muito que Lúcifer se junte a detetive responsável pela investigação, Chloe Dancer (Lauren German), que descobrimos também ter tido uma fracassada carreira como atriz. Juntos os dois tentam resolver o crime.
Como é possível perceber fica nítida a fórmula de parceria policial que já vimos tantas vezes, seja no cinema, ou na TV. Mesmo que os dois protagonistas tenham demonstrado boa presença de tela, ainda não é o bastante e ficou faltando um pouco mais da personalidade de Lúcifer.
A esperança é que o seriado tente ao máximo não ficar preso a uma já desgastada fórmula e que o enredo principal vá conquistando mais espaço ao longo da temporada. Além disso, espero ver um pouco das discussões filosóficas acerca de liberdade e livro arbítrio que se tornaram a marca do personagem nas HQs.