Se você ainda não assisitu à Homem de Ferro 3 e não quer spoilers, melhor não prosseguir com a leitura deste post. Porém, se você está entre os muitos que já assistiram ao filme, ou simplesmente não liga de saber spoilers, então continue adiante.
A grande polêmica sobre o filme Homem de Ferro 3 (você lê a resenha do longa aqui) se chama Mandarim. Enquanto nos quadrinhos o vilão é um grande gênio, inclusive rivalizando com Tony Stark neste sentido, e mestre das artes marciais, no filme ele é apenas um embuste, uma farsa.
O grande vilão do filme é Aldrich Killian, responsável por desenvolver a tecnologia extremis, capaz de criar super-humanos, evoluindo a regeneração e aumentando todo seu potencial. Em Homem de Ferro 3, Killian não consegue vender sua ideia para as Indústrias Stark, mas cria um plano para valorizar sua criação e atingir seus objetivos.
Para gerar medo na população, é contratado um ator para assumir a persona do Mandarim, um terrorista fruto da ficção, somente para assustar as pessoas e assumir a responsabilidade por atos criminosos praticados por Killian e sua equipe. A realidade é que o Mandarim não existe como vilão, sendo somente uma invenção.
Inclusive, o ator contratado para ser o Mandarim é um bêbado de carteirinha e claramente viciado em outras substâncias ilícitas. Nem de longe lembra um dos maiores vilões das HQs. E, creio que é esse o ponto que vai revoltar fãs mais ferrenhos dos quadrinhos.
Mas, qual a utilidade em criar este vilão? Bom, com o medo se espalhando pela nação, Killian mataria o presidente e colocaria o vice, com quem estava acordado, em seu lugar. Portanto, obviamente recorreriam a extremis para combater este novo mal.
Dar uma opinião sobre isso é como andar em gelo fino, mas como já dei na minha na resenha, ratificarei aqui. Eu acho que foi necessário utilizarem deste artifício, pois o Mandarim dos quadrinhos é incrivelmente poderoso e tem uma história complexa e longa, não bastando apenas um filme para contá-la. Se fosse para inserirem o personagem como ele é nos quadrinhos, ele deveria ter sido trabalhado, pelo menos, desde o segundo filme para culminar como o grande vilão deste.
Com isso, percebe-se que utilizar o Mandarim, com o nome e visual dos quadrinhos, foi muito mais uma homenagem do que qualquer outra coisa, afinal de contas poderiam ter usado qualquer nome e qualquer visual para o terrorista criado.
[…] Caso você já tenha assistido ao filme e esteja mais interessado em um comparativo entre o personagem nas HQs e no filme, confira aqui. […]