Seguindo os acontecimentos de Soldado Invernal e Era de Ultron, Capitão América: Guerra Civil traz uma atmosfera um pouco mais séria do que estamos acostumados em filmes do Universo Cinemático Marvel, mas isso se faz essencial devido a temática do longa e tudo o que está em jogo. Todavia, os momentos cômicos e mais leves ainda estão presentes e são brilhantemente encaixados.

O filme trabalha bastante com os efeitos colaterais das batalhas envolvendo os Vingadores e as repercussões causadas por isso. Embora grande parte do mundo os considere heróis, existe uma parcela afetada, mesmo que indiretamente, por seus atos que não os vê com os mesmos olhos. Com isso, diversos países se unem para criar um Tratado deixando os Vingadores sob tutela da ONU. O estopim para isso é uma nova missão que acaba gerando diversas vítimas, principalmente naturais de Wakanda.

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Dentre a equipe que conhecemos, Tony Stark opta por assinar o Tratado, assim como o tenente-coronel James Rhodes, Natasha Romanoff (Viúva-Negra) e o Visão. Do outro lado Steve Rogers, Sam Wilson (Falcão) e Wanda Maximoff não assinam o documento. A princípio pode parecer que uma mera questão ideológica tenha dividido os membros dos Vingadores, porém a história vai um pouco além e envolve questões pessoais, principalmente para Tony, Steve e Bucky (Soldado Invernal). Aliás, Bucky esteve desaparecido desde os eventos de Capitão América: Soldado Invernal. Contudo, sem entregar nenhum spoiler, podemos dizer que um evento crucial o faz sair das sombras e acelera as divergências que já se mostravam presentes no grupo de heróis.

Neste longa temos a adição de dois novos e importantes personagens do Universo Marvel: T’Challa (Pantera Negra, vivido pelo excelente Chadwick Boseman) e Peter Parker (Homem-Aranha). Ambos são incluídos na película de forma muito orgânica e sua presença faz total sentido, principalmente do príncipe de Wakanda, T’Challa. Já o Aranha é brilhantemente introduzido e desde o início vemos que realmente é uma encarnação diferente, um tanto mais jovem e agindo totalmente de acordo com a idade… Em minha humilde opinião, mesmo ainda não tendo seu filme solo, possivelmente temos a combinação Peter/Homem-Aranha mais fiel já vista nas telonas, cudos à Tom Holland.

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Os irmão Russo conseguiram novamente entregar um excelente filme, com uma pegada similar ao seu antecessor. As cenas de ação estão entre as melhores, se não as forem, entre os filmes do gênero. O roteiro bem amarrado utiliza-se do fato de já conhecermos estes personagens ou algum tipo de background, não perdendo tempo em maiores apresentações, fazendo história fluir praticamente de forma natural. E, mesmo com tantos personagens, jamais esquecemos se tratar de um filme do Capitão América e não dos Vingadores, por mais que praticamente todos os demais personagens tenham seus momentos de brilho.

Por fim, importante citar o vilão Barão Zemo. Ainda que na maior parte do tempo pareça se tratar de mais um vilão genérico, ele acaba demonstrando mais do que isso, especialmente quando colocamos alguns de seus atos em retrospectiva. Então, por mais que uma coisa ou outra possa deixar dúvidas no público, esse acabou sendo um personagem capaz surpreender, mesmo que sua presença possa dividir a opinião dos fãs.

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Ficha Técnica:

Captain America: Civil War – 2016
Duração: 147 minutos
Gênero: Aventura/Ação
Roteiro: Christopher Markus e Stephen McFeely
Diretor: Anthony Russo e Joe Russo
Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Anthony Mackie, Sebastian Stan, Scarlett Johansson, Don Cheadle, Chadwick Boseman, Elizabeth Olsen, Paul Bettany, Paul Rudd, Jeremy Renner, Emily VanCamp, Daniel Brühl, Tom Holland, William Hurt, Martin Freeman, Marisa Tomei e Frank Grillo.

 

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