Resenha – Deadpool

Contando com uma estratégia de marketing diferenciada e extremamente eficaz, Deadpool foi capaz de criar um imenso hype entre os fãs, o que aumentou as expectativas e consequentemente a responsabilidade em entregar o resultado esperado. Contudo, para felicidade geral de todos e para bem da nação, a expectativa crida não só foi atingida, como superada!

O filme conta a história de Wade Wilson, ex-militar das forças especiais que trabalha como mercenário, porém respeitando sempre os limites estabelecidos em seu código de conduta: atuar somente contra aqueles que merecem e na proporção de seus delitos. Eventualmente, nosso protagonista conhece a garota de programa Vanessa, por quem se apaixona, iniciando um relacionamento e posteriormente passam a viver juntos.

Quando tudo parecia perfeito, Wade é diagnosticado com um câncer terminal e, sem muitas opções, acaba voluntariando-se para um programa experimental capaz de ativar genes mutantes dormentes. Mas, as coisas não são exatamente o que parecem e ele acaba submetido a uma série de torturas (física e mental), devendo se tornar numa espécie de super mercenário, um soldado de aluguel ligado a esta escusa organização até o fim de seus dias.

O programa acaba ativando poderes regenerativos que curam seu câncer, mas a incrível habilidade traz consigo terríveis efeitos colaterais: seu rosto e corpo ficam severamente deformados. Após isso, Wade consegue orquestrar sua fuga e passa a adotar a alcunha de Deadpool, iniciando assim sua jornada em busca de vingança.

A princípio você pode pensar se tratar de um filme de super-herói qualquer, afinal quase tem sua origem derivada de eventos traumáticos ensejadores de vingança… Entretanto, está redondamente enganado, pois estamos diantes de um personagem que frequentemente quebra a chamada quarta parede (aquela que separa o espectador da ação), interagindo com o espectador e ciente (ou aparentemente ciente) de estar em um filme, o que rende momentos de grande criatividade e humor.

Aliás, podemos dizer que o humor é o ponto forte do longa, sendo até mesmo mais uma comédia de ação do que o contrário. As piadas são sempre no ponto e dão o tom do filme desde sua abertura. E, neste sentido (humor aliada a quebra da quarta parede) ninguém é poupado, desde o próprio elenco até o diretor e produtores, o filme faz piada com todos!

Outro ponto positivo está na ação, garantindo-se em boa parte do tempo em dublês, algo que dá maior veracidade as cenas. Já a computação gráfica é competente, mas em alguns momentos notamos sua presença – talvez fruto do baixo orçamento para as produções Marvel – porém não é nada que tire o brilho da produção.

É também necessário comentar a parte a atuação de Ryan Reynolds como Deadpool/Wade Wilson. O ator entregou-se de corpo e alma ao papel e certamente daqui para frente estará positivamente associado ao mesmo, podendo de uma vez por todas apagar o Lanterna Verde de sua memória. Adeus Lanterna e bem-vindo Deadpool. Que tenhamos mais Deadpool ao longo dos anos, o anti-herói mais tagarela, boca suja e sem noção dos quadrinhos e agora dos cinemas!

Ficha Técnica

Deadpool – 2016
Gênero: Ação, Comédia
Duração: 108 minutos
Direção: Tim Miller
Roteiro: Rhett Reese e Paul Wernick
Elenco: Ryan Reynolds, Morena Baccarin, T.J. Miller, Ed Skrein, Brianna Hildebrand, Stefan Kapicic, Gina Carano e Leslie Uggams