Death Note foi um grande sucesso no Brasil, alcançando um nível de sucesso destinado a poucas produções do gênero, isso porque o anime alcançou uma grande projeção antes mesmo de ser lançado no Brasil, arrebanhando milhares de fãs. Enfim, Death Note se tornou um fenômeno (rendendo inclusive adaptações live-action para os cinemas) principalmente por não ter tido receio de apresentar um enredo central polêmico.
O que você faria se tivesse em mãos um caderno que lhe permitisse matar pessoas ao escrever seus nomes nele? Esse é o dilema inicial do protagonista Light (Raito) Yagami. E eis que o então melhor estudante de segundo grau do Japão, Yagami, decide usar o caderno para fazer do mundo um lugar melhor, iniciando seu processo de “purificação” dando fim a vida de diversos criminosos. Com o intuito de se fazer notar, Light faz todos os criminosos morrerem de forma semelhante pois, desse modo, a população perceberia se tratar da obra de um ser maior zelando por eles, que mais tarde acaba sendo chamado de Kira (variação em japonês da palavra *Killer). Porém, uma onda de assassinatos dessa natureza desperta o interesse do maior detetive do mundo, conhecido somente como “L”, o qual passa a tentar desvendar o que há por trás das misteriosas mortes.
Apesar de terem personalidades praticamente opostas (um é extrovertido e carismático, já o outro é introvertido e fanático por doces), tanto Light quanto “L” são extremamente inteligentes e precavidos, mas entendem que partir para ofensiva é a única forma de superar o adversário. E aí começa um eletrizante jogo de gato e rato entre essas duas mentes brilhantes.
Esclarecido o tema principal, o maior mérito de Death Note é fugir completamente dos clichês, criando algo extremamente original. É impossível assistir e não ficar pensando nas questões morais por trás dos atos de Light Yagami, o que eventualmente te leva a tomar partido e torcer ou para Kira, ou para L. O anime é uma adaptação do mangá escrito por Tsugumi Ohba e ilustrado por Takeshi Obata. O estúdio responsável pela produção é a Madhouse, que tem no seu currículo excelentes animações como: Claymore, Boogiepop Phantom e Trigun. A qualidade da animação é impecável e conta com um traço que varia muito pouco ao longo da série, servindo como principal válvula para captar as mais profundas emoções dos personagens, o que demonstra todo o cuidado tomado pelos produtores. A trilha sonora também não deixa por menos e é um ingrediente a mais, fazendo da série um pacote completo e imperdível para qualquer fã de animação japonesa.
No entanto, com tantos elogios, vocês devem estar se perguntando: “Por que então não dar nota 10 para Death Note?” Bom, o maior mérito da série está no roteiro, mas é aí que jaz também seu maior problema. A partir da segunda metade do anime, perde-se um pouco o rumo, principalmente o clima que torna este thriller tão intenso, e seu brilho acaba se esvaindo um pouco. Contudo, os episódios finais conseguem retomar a atmosfera inicial, mesmo que sem toda aquela intensidade, e permitem finalizar a obra com a chave de ouro que merece.
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n era pra uma resenha ser tão grande ;-;