“Me sinto estranho. Como se alguém estivesse mexendo com a minha cabeça. Com a minha mente. Brincando com as coisas. E talvez, ainda estejam. ”

Após alguns meses no banco de reserva da editora, depois da sua péssima estreia nos Novos 52, com os roteiros e arte de Rob Liefeld, causando o cancelamento de seu título mensal. O mercenário Slade Wilson, ganhou uma nova chance devido a sua popularidade na série de televisão da Warner, “Arrow”, onde foi interpretado pelo ator Manu Bennet. Dessa vez com os roteiros de Tony S. Daniel, conhecido pelo seu trabalho em “Detective Comics” e “Superman & Mulher-Maravilha”, mas antes de começar a resenha do primeiro arco dessa nova série emocionante, vamos conhecer primeiro o personagem.

Considerado o melhor mercenário e assassino do mundo, falhando apenas com o Batman, Arqueiro Verde e Lobo, Slade foi criado para as revistas do Titãs por Marv Wolfman e George Pérez, estreando na edição “New Teen Titans #2” em dezembro de 1980, nomeado inicialmente como o Exterminador, mais para a frente se tornaria um dos vilões mais perigoso dos Jovens Titãs. A morte de seu filho mais velho, Grant Wilson, é a razão do seu ódio contra os Titãs, porem por ironia do destino seus outros dois filhos, Joseph Wilson (Jericho) e Rose Wilson (Devastadora), se juntaram a equipe.

Originalmente era um soldado do exército americano, o que levou a participar de um experimento do governo cujo objetivo era criar um Supersoldado, onde ganhou aprimoramento de força, agilidade e inteligência sobre humana, além de um fator de cura que lhe permite recuperar de qualquer dano em minutos. Serviu de inspiração para Rob Liefeld criar o personagem Deadpool, no início devia ser apenas uma piada, mas ele ficou tão popular que acabou ficando, enquanto o nome do Exterminador é Slade Wilson, o nome do Deadpool é Wade Wilson.

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A fase de Tony S. Daniel com o personagem tem a duração de três arcos cheios de ação muita mais muitas mortes, o primeiro chamado de “Deuses da Guerra”, copila as edições de um a seis, servindo para reapresentar o personagem, tanto para o leitor veterano quanto para quem está conhecendo agora, é através de um monologo em que Slade se apresenta ao leitor, enquanto se prepara para uma missão, em uma das suas bases secretas espalhadas pelo mundo, nesse quadro é legal reparar nas mascaras, cada uma delas representa um momento do personagem.

Em seguida ele vai contando passo a passo como funciona o seu trabalho de mercenário, revelando seus dois contatos mais confiáveis, Tiggs e Angélica, assim seguindo para a Rússia, para matar seu antigo conhecido chamado Possum. Durante a missão na Rússia, após sofrer um ataque mental através de um código implantado em seu cérebro.  Slade descobre que tudo aquilo era uma armação.

Confuso e sem saber o que estava acontecendo, ele decide fugir gravemente ferido, enfrentando diversos soldados pelo caminho com extrema facilidade, apesar de seu fator de cura que por alguma razão não estava funcionando direito.

Após acordar no dia seguinte misteriosamente rejuvenescido, de cabelos pretos e com surpreendentemente com dois olhos, Slade descobre quem o queria morto, e assim começa esse violento arco, Deuses da Guerra.

A primeira metade do arco mostra Slade tentando cumprir seu contrato, enquanto se acostuma com o corpo mais jovem e enfraquecido, como o mesmo comenta ao levar a pior contra um personagem na edição cinco, como resultado de um acerto de contas da Arlequina. Enquanto isso, ele se vê parte de uma teoria de conspiração, não fazendo a mínima ideia da razão de estar ali e aos poucos juntando as peças desse quebra cabeça.

Demora para começar as cenas de pancadaria, porem quando começa, é simplesmente sensacional a arte de Tony S. Daniel, com movimentos dinâmicos, profundos e incrivelmente violentos, mostrando a razão do Exterminador ser conhecido como o melhor mercenário do mundo. A princípio a trama do arco parece ser confusa, entretanto conforme as páginas vão passando os mistérios vão sendo esclarecidos, não ficando nenhuma ponta solta.

Com aparições de personagens clássicos da mitologia do personagem como os seus filhos, e os mercenários Tigre de Bronze e Lady Shiva. Uma história muito bem escrita e sem muitas enrolações. Deuses da Guerra é um excelente recomeço para um dos vilões mais populares da editora, com diversas surpresas no decorrer da história, uma diversão garantida, para quem se aventurar no universo sanguinário do melhor mercenário do mundo.

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