Resenha – O Exterminador do Futuro: Gênesis

Passaram-se 6 anos desde o último filme da franquia Exterminador do Futuro nos cinemas, enquanto os dois primeiros foram um marco da ficção científica, os dois seguintes deixaram a desejar e foram responsáveis pelo limbo vivido pela série, por isso nada mais natural do que termos muitas dúvidas em torno de Exterminador do Futuro: Gênesis.

Pois bem, o quinto filme surpreende positivamente ao contar uma história mais próxima aos elementos clássicos, que marcaram nos cinemas, e ao mesmo tempo manter-se original. Tudo começa com a investida final dos humanos na guerra contra as máquinas, no ano de 2029, quando passamos a conhecer as circunstâncias em que o primeiro Exterminador e Kyle Reese foram enviados de volta ao ano de 1984.

Dessa vez, Reese não encontra uma Sarah Connor despreparada, muito pelo contrário. A primeira aparição da personagem já nos mostra que estamos lidando com uma linha temporal bem diferente daquela do primeiro filme, onde Sarah precisava de constante proteção e não sabia com o que estava lidando. Dessa vez, nossa protagonista tem não só conhecimento do futuro, como também foi criada desde os 9 anos por um T-800 enviado para protegê-la.

Com todas estas mudanças na linha temporal, o Dia do Julgamento acaba sendo adiado para o ano de 2017, que é quando se passa a maio parte da ação, com Kyle, Sarah e o T-800 que serve como seu guardião tentando destruir a Skynet antes dela ir ao ar. Lá, eles se deparam com um inesperado vilão: o próprio John Connor, que, transformado em máquina pela Skynet, se mostra um vilão implacável, tão ameaçador quanto o T-1000 de O Exterminador do Futuro 2.

A película conta com um elenco de peso, incluindo Jason Clarke (Planeta dos Macacos: O Confronto), Emilia Clarke (Game of Thrones), o vencedor do último Oscar de melhor coadjuvante J.K. Simmons (Whiplash), além disso, também temos Jai Courtney (Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer) sem comprometer desta vez. Contudo, quem rouba a cena quase todas as vezes em que aparece é Arnold Schwarzenegger, que mesmo no alto dos seus 68 anos protagoniza as melhores cenas de ação do longa, com destaque especial para o confronto entre as duas versões do ator (a mais nova e a mais atual).

O ponto fraco do filme fica por conta de certos furos na história (certamente os fãs mais ferrenhos vão notar) em virtude das constantes viagens no tempo, algo que inclusive pode prejudicar o entendimento para aqueles que estiverem mais desatentos. No intuito de criar um linha do tempo inteiramente nova e dar uma folha em branca para os próximos roteiros tais inconsistências acabaram sendo inevitáveis, semelhante ao que acontece em X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido. Entretanto, o saldo final é mais do que positivo, Exterminador do Futuro: Gênesis tem como maior mérito celebrar o ápice da carreira de Arnold, que é o coração do filme.

Enquanto os direitos não voltam para James Cameron em 2019, o possível sucesso deste longa, que, embora não sendo excelente, consegue colocar a franquia de volta aos trilhos, deve viabilizar o plano para duas sequências em 2017 e 2018. Uma coisa é certa: existem muitas perguntas que ainda precisam ser respondidas.

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Nota: (7/10)

Ficha Técnica
Terminator: Genisys – 2015 (EUA)
Duração: 126 minutos
Gênero: Ação, Ficção-científica
Direção: Alan Taylor
Roteiro: Laeta Kalogridis e Patrick Lussier
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Jason Clarke, Emilia Clarke, Jai Courtney, J.K. Simmons