Resenha – Guardiões da Galáxia

Ao contrário do que fez anteriormente, a Marvel resolveu apostar num grupo de heróis pouco conhecidos do grande público para sua nova adaptação cinematográfica: os Guardiões da Galáxia. Ao expandir seu universo para todo o cosmos, o estúdio obteve, talvez, seu maior sucesso.

Guardiões da Galáxia foca no encontro de um grupo de personagens disfuncionais formado por Peter Quill, vulgo Senhor das Estrelas, Gamora, Drax, Rocket e Groot. Na trama, Quill, um terráqueo abduzido ainda criança e agora caçador de recompensas, está atrás de um poderoso objeto (o orbe), no entanto este também é almejado por Thanos, um dos seres mais poderosos da galáxia, que envia Ronan, o Acusador, para conseguí-lo.

Ronan, um alienígena da raça Kree, é auxiliado por duas filhas Thanos e usa manda uma delas, Gamora, atrás do Orbe. Enquanto isso, Rocket (um guaxinim que sofreu diversos experimentos) e Groot (uma espécie de árvore humanóide) também estão atrás de uma recompensa, que consiste em capturar Peter Quill – procurado por seus ex-parceiros. E, assim seus caminhos acabam se cruzando. Mas, vocês devem estar se perguntando a respeito de Drax…

Ao criarem uma grande confusão no planeta Xandar, eles são presos e lá acabam conhecendo Drax, que teve sua mulher e filho mortos por Ronan. É na tentativa de fugir da prisão que o grupo acaba se unindo, mas jamais proclamando-se como Guardiões de alguma coisa… A grande verdade é que todos estão atrás vender orbe, com exceção de Drax, o qual seja cegamente vingar-se do algoz de sua família. Essa é a trama básica do excelente longa.

O filme flui muito bem, mesclando humor, ação e grandes personagens na medida certa. Todos tem seu momento de brilhar e apesar de não vermos suas histórias exploradas a fundo, acabamos conhecendo-os consideravelmente bem e entendendo suas motivações. Os protagonistas são tão bons e funcionam tão bem juntos, que compõem um daqueles raros casos onde é difícil apontar um personagem favorito.

O vilão possui também a vingança como motivação principal, ele deseja destruir Xandar, mas não é só isso. A dinâmica de Ronan com Thanos é bem interessante, mesmo com poucas cenas entre ambos, e notamos a razão daquele querer tanto poder.

Um aspecto que merece destaque é a trilha sonora espetacular, composta basicamente por clássicos dos anos 70 e 80 tocados no walkman do Senhor das Estrelas (Star-Lord). Isso mesmo, a despeito de toda tecnologia vista no longa, Quill possui um walkman que guarda consigo desde a época em que foi abduzido da Terra, em 1988.

O elenco principal, composto por Chris Pratt (Peter Quill), Zoe Saldana (Gamora), Dave Bautista (Drax), Rocket (Bradley Cooper), Groot (Vin Diesel) e Lee Pace (Ronan, o Acusador) está impecável e a química entre eles é perfeita. Além disso, são muito bem auxiliados por uma trupe de coadjuvantes de altíssimo nível, composta por John C. Reilly ( Rhomann Dey), Glenn Close (Nova Prime), Benicio Del Toro (Colecionador), Michael Rooker (Yondu Udonta), Karen Gillan (Nebula) e Djimon Hounsou (Korath).

Outra coisa que merece menção, mesmo que breve, são os easter eggs relacionados ao restante do universo Marvel. Se você for atento o bastante, poderá pescar em diversos pontos algumas menções indiretas aos demais filmes da companhia.

Enfim, é difícil apontar qualquer defeito numa estreia de tanto impacto assim. A Marvel já havia definido um patamar muito alto com Capitão América 2: O Soldado Invernal, mas esse patamar acabou de subir ainda mais com os Guardiões da Galáxia, que passa a ser, até o momento, meu filme favorito deste gigantesco universo compartilhado. Sem dúvida o filme do ano!

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Nota: (10/10)