Filmes com animais gigantes sempre foi algo que chamou atenção no cinema. Tivemos Godzilla atacando as cidades de Tóquio e Nova York, e King Kong defendendo sua ilha de invasores humanos. Ao longo do tempo ambos tiveram várias continuações e refilmagens.

Neste ano de 2017 o diretor Jordan Vogt-Roberts trouxe o gigante de volta às telas – depois do desastre de 2005 do diretor Peter Jackson – no filme Kong: A Ilha da Caveira.

A cena de abertura do filme promete fazer empolgar o público logo de cara, já que nela é definida o tom da história e dos personagens, fazendo algo diferente e não uma homenagem ou cópia de filmes anteriores. O longa nos lembra de quadrinhos, filmes orientais e estética de games, mas também puxa para um estilo hollywoodiano de época. Vogt-Roberts transforma a Ilha da Caveira em um Apocalipse Now, só que sem Coppola gritando na orelha dos atores e medindo a temperatura de seus vinhos.

Os atores são quem dão o bom ar ao filme. James Conrad (Tom Hiddleston) faz seu papel como o galã estilo Indiana Jones, Mason Weaver (Brie Larson) é uma fotógrafa sensível e aventureira e Preston Packard (Samuel L. Jackson) é um militar que ficou louco por conta da guerra. Também temos os cientistas que são verdadeiros esteriótipos, representados pelos seus óculos e caderninhos de anotação. Já os militares parecem mais que saíram de um filme de sátira do que O Resgate do Soldado Ryan, contudo são eles que acabam  roubando maior parte da cena. Com seu jeito jovem e até inocente, vemos semelhança de personagens dos Goonies – onde as crianças que são aventureiras.

O design do Kong é algo muito impressionante e bem desenvolvido, destaque para captura de movimento feita pela produção. Alguns dos monstros acabam deixando muito a desejar, já que maior parte do cenário é feita em computação gráfica na tela verde.

Kong: A Ilha da Caveira é muito bom e supera totalmente o de 2005, dando mais dimensão e história ao personagem título e sem criar uma mocinha indefesa para a trama, mesmo que tenhamos muitos personagens sem carisma. Ainda assim, é um ótimo filme de 2017 e que muitos – fãs ou não – vão gostar, mesmo que alguns detalhes e personagens possam incomodar.

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