Vinte anos depois de seu lançamento no Brasil, Os Cavaleiros do Zodíaco voltam aos cinemas brasileiros. O mangá, lançado em 1986 por Masami Kurumada fez razoável sucesso no Japão, assim como o anime, exibido originalmente entre 1986 e 1989. Mas, o grande público da obra foi conquistado na América Latina e França.
Visando alcançar principalmente a uma nova audiência, a Toei (produtora do longa) resolveu apostar na animação em computação gráfica e adaptou o arco mais popular arco da série: As 12 Casas. Um dos grandes problemas é que este arco no anime possui cerca de 73 episódios, portanto mesmo um excelente roteiro – o que não é o caso – teria certos problemas para contar a história de maneira coesa apresentando todo o universo dos Cavaleiros do Zodíaco.
O longa começa com Mitsumasa Kido encontrando Aiolos, Cavaleiro de Ouro de Sagitário, que havia sido gravemente ferido ao salvar a bebê reencarnação da Deusa Atena das garras do maligno Grande Mestre do Santuário. Kido passa a cuidar do bebê e lhe dá o nome de Saori, tratando-a como verdadeira neta.
Depois, temos um salto de 16 anos, já após a morte de Mitsumasa, com Saori descobrindo a verdade sobre si e conhecendo os Cavaleiros destinados a protegê-la. Entretanto, eles precisam ir atravessar as 12 Casas do Santuário, todas defendidas por poderosos Cavaleiros de Ouro, e desbancar o Grande Mestre, que segue determinado a matar Atena para tomar todo o poder para si.
Dito isso, o filme consegue ter uma história surpreendentemente coerente, mas tem dois grandes problemas: muita coisa é condensada para ficar dentro dos 90 minutos de duração, por isso, para o novo público, os personagens não são muito bem desenvolvidos e não há tempo criar uma empatia com eles; já os fãs antigos entenderão mais facilmente a história, porém certamente ficarão incomodados com algumas das modificações, já que forçaram muitos momentos cômicos inoportunos e infantilizaram o anime.
Mas, a película não é de todo mal, a opção pela computação gráfica rendeu um visual sensacional, tanto em relação ao cenários, quanto nos combates. Aliás, os efeitos das lutas são de primeiríssima grandeza. E, mesmo que nem todos concordem a respeito das mudanças nas armaduras, há que se dar o braço a torcer em relação ao tempo gasto no design das mesmas, que agora parecem muito mais funcionais.
Embora tenha seus problemas e não consiga acertar no alvo em nenhum dos dois potenciais públicos-alvo, tenho a impressão de que as crianças que estejam conhecendo Cavaleiros do Zodíaco agora certamente irão gostar mais do que os antigos fãs, estes, como eu, muito mais apegados aos personagens clássicos e acostumados com uma levada um pouco mais séria na história.
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Nota: (5/10)
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