“Temos muito trabalho a fazer”
Após os eventos de “Inumanos vs X-Men”, os mutantes enfim conseguiram um pouco de descanso, sem sem a nevoa ameaçando sua própria existência, a equipe percebe que eles têm muito em comum com os Inumanos. Os X-Men precisam de alguém para guiá-los neste mundo novo e incerto, e os escritores Marc Guggenheim, Cullen Bunn e Greg Pak trazem de volta a mutante Kitty Pryde para assumir essa responsabilidade de levar o sonho de Xavier a diante.
X-Men Prime # 1 oferece a mesma história padrão que vemos quase sempre que a franquia passa por uma fase de transição. Os mutantes estão dispersos e à deriva após a guerra com os Inhumanos. Kitty Pryde está voltando para a equipe depois de uma longa ausência no espaço visto nas revistas dos Guardiões da Galáxia, atualmente sendo publicada pela editora Panini. Vários membros da equipe estão questionando se os X-Men ainda têm um lugar no Universo Marvel atual, atuando como um paralelo com as perguntas que os próprios leitores vêm fazendo ao longo dos últimos anos.
Os roteiristas focaram a história dentro da mansão X-Men, mostrando a interação entre a equipe, enquanto Kitty tenta encontrar seu lugar novamente junto de sua família. Kitty presta um papel interessante e muito bem desenvolvido para os novos leitores, apresentando o elenco atual dos X-Men e cobrindo o básico das histórias anteriores dos filhos do átomo, sem esquecer de deixar claro que agora Emma Frost é a vilã, com um pensamento extremista e lembrando bastante o vilão do magnetismo de antigamente.
Há uma sensação agradável de simetria narrativa como a questão que volta para o início da era Claremont / Byrne mostrando claramente que a aluna se tornou agora a mestre, ou melhor dizendo a cabeça dos X-Men, com diversos quadros nostálgicos para contar essa transição.
X-Men Prime #1, atua como um prologo para a nova fase dos mutantes, “ResurrXion”, preparando terreno tanto para “X-Men Gold” de Marc Guggenheim, “X-Men Blue” de Cullen Bunn e “Arma X” de Greg Pak. Bunn mostra que os cinco X-Men originais vão fazer alguma coisa importante fora da equipe principal, embora ainda não esteja claro como “X-Men Blue” seguira na sequência dos volumes de All-New X-Men.
O prologo de Greg Pak para a nova revista “Arma X” sofrem de uma sensação de desconexão, uma vez que não têm nenhum vínculo com a trama principal, deixando o leitor extremamente curioso para descobrir quem é a vilã apresentada nessa parte da história, a volta de Lady Letal como uma anti-herói, vala a pena ser comentada especialmente pelo seu visual lembrando bastante sua aparição no segundo filme dos X-Men da Fox. A arte de Ibraim Roberson é sólida e limpa nos quadros de ação, porém veremos mais de seu trabalho na revista real de “Arma X”.
O ponto forte da revista é a excelente arte, contando com a contribuição de diversos artistas como Ken Lashley, Ibrahim Roberson, Leonard Kirk e Guillermo Ortego, a cena da sala do perigo despensa comentários devido a tamanha quantidade de detalhes expostas em cada quadro.
Este é um novo começo para os X-Men, eles estão de volta do Limbo e pronto para ser heróis novamente. Sendo um ótimo lugar para se juntar a eles se você é um novo leitor, querendo conhecer mais sobre a equipe de super-heróis mais polemicas da Marvel.