Resenha – Street Fighter: Assassin’s Fist (1ª Temporada)

Qualquer dúvida que poderia ter em relação à qualidade da websérie Street Fighter: Assassin’s Fist foi sanada já nos dois primeiros episódios. Admito que tinha a esperança de que algo bom pudesse sair deste projeto, mas nem de longe que a qualidade seria tamanha.

A história tem como enfoque os dois principais personagens de Street Fighter: Ry e Ken. Um dos pontos mais altos é que o escopo se mantém pequeno, basicamente traçando um paralelo entre o início do treinamento (nos anos 80) da dupla no estilo Ansatsuken (Assassin’s Fist) com flashbacks de seu Mestre Gouken. Cada momento do passado de Gouken nos mostra como ele se transformou no mestre ideal para os dois, assim como tivemos o nascimento de Akuma, certamente um dos vilões mais emblemáticos de Street Fighter.

Se você conhece mais a fundo a história de Street Fighter, certamente perceberá algumas diferenças, porém essa releitura foi feita com extremo respeito ao material original, nos dando uma perspectiva única sobre esses dois personagens que certamente são o alicerce da franquia.

As atuações me surpreenderam muito e todo o elenco alterna momentos falando japonês e inglês, algo que demonstra o esforço da produção em nos fornecer uma história mais palpável. Ryu (Mike Moh), Ken (Christian Howard) e Gouken (Akira Koieyama) estão perfeitos em seus papéis, assim como todos os atores de modo geral, mas destaco principalmente estes por serem a força motriz que conduz a série.

Sendo uma websérie, é normal que os episódios tenham uma duração de cerca de 12 minutos. Mas, fica tão fácil nos ligarmos a história, que diversas vezes me peguei desejando que os episódios fossem maiores e que a equipe tivesse mais recursos para, quem sabe, cerca de 10 episódios com 40 minutos.

Fica até difícil criticar alguma coisa quando você percebe tanto esmero por parte de uma equipe que teve recursos limitados e conseguiu desenvolver tão bem a história no curto espaço de tempo que os episódios possuem. Talvez minha única crítica fique para um ou outro efeito visual, assim como o cabelo de Ken, contudo espero que o sucesso dessa temporada dê respaldo para que a produção ganhe um financiamento ainda maior e possamos conferir resultados ainda melhores do que o que vimos.

Enfim, se você é fã de Street Fighter, com certeza essa produção é obrigatória. E, se você não é fã, certamente passará a ter mais curiosidade em relação aos personagens e procurará mais a respeito. Com tudo isso, posso dizer que foi a melhor obra que vi baseada na franquia desde o anime Street Fighter Victory foi lançado em 1995.

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Nota: (8,5/10)