Trolls, a nova animação da Dreamworks, parece ser uma das apostas para o Oscar de Melhor Música Original.
Apesar de ser uma animação inteiramente pra crianças, podemos encontrar uma inspiração musical da década de 80/90, com músicas pontuais escolhidas a dedo por Justin Timberlake, produtor executivo musical. Logo, nomes como Lionel Richie, Cyndi Lauper, Bonnie Tyler, Gorrilaz entre outros, podem ser encontrados nesta história, porém todas traduzidas para o português.
The sound of silence e a música original “Can’t stop the feeling”, porque há grandes chances (quase certo diga-se de passagem) de ela estar na lista de indicados ao Oscar do ano que vem, são as únicas músicas que não sofreram tradução.
Tirando este detalhe em especial, tudo é muito bem feito, inclusive as próprias dublagens. A animação tem referências de Cinderela e a Bela e a Fera, mas a história inclui elementos bem originais como plantas grotestas e a textura própria do desenho, que remete a um veludo para os trolls, e um aspecto de lã para o restante do cenário e roupas dos personagens. Isso talvez facilite a comercialização de produtos relacionados ao desenho, porque eles estão investindo bastante nisso, tendo já associação com marcas de alimentos e um álbum ilustrado que as crianças vão adorar, já que o desenho em si é todo muito colorido.
Se puder ver com as vozes originais e consequentemente as músicas também, fica a recomendação, já que, além da voz de Justin Timberlake, você vai ouvir vozes conhecidas, como de Anna Kendrick e Zooey Deschanel. Caso contrário, vá divertir sua criança interior, que às vezes todo mundo precisa de uma dose de animação no corpo e a probabilidade de diversão é alta.
Como se não bastasse todos os pontos positivos, também traz mensagens interessantes como a busca da felicidade, sobre ser fiel aos amigos mesmo em situações adversas e sobre acreditar em si mesmo, ainda que as circunstâncias tenham feito de você uma pessoa rabugenta ou você ache que não consegue fazer algo por ser muito difícil.
Se gosta de animação, ou tem crianças em casa, é diversão na certa para toda família.
A única coisa que eu discordo é que a protagonista fala que a felicidade não é uma coisa que se come. Depende né!