Antes de tudo, uma observação é necessária. Desde o primeiro episódio a preocupação com a trilha sonora é nitída, e neste não foi diferente: é possível ouvir uma melodia conhecida no piano, logo no início do episódio: Fake Plastic Trees, do Radiohead.

Falando sobre o episódio em si, foi mais morno en relação aos demais e conseguimos ver, em linhas gerais, que a série possui uma bifurcação nela própria. Em episódios pontuais, eles dão mais ênfase na história da Dolores e em outros, ela nem aparece, como nesse, em que o foco foi os bastidores do parque e a linha narrativa da Maeve.

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Em “The Adversary” tivemos algumas informações a mais sobre o funcionamento do parque e alguns easter eggs, como a família do Dr. Ford e uma homenagem ao Westworld antigo, com o robô do filme de 1973. Na casa da família houve a confirmação de que o menino era o Mini Ford mesmo. Ele diz ao Bernard que fez modificações nestes androides da primeira geração, e abriu o mini Robert pra ele ver como era. Os androides da primeira geração eram super diferentes, bem mais brutos por dentro, e ainda inconclusivo sobre a parte externa, pois o Bill, personagem que também é da primeira geração, tem movimentos limitados, mas parece um humano normal.

De alguma forma, Arnold está tendo acesso aos androides criados por ele, e pelo que deu para entender, mais da metade da primeira geração são criações dele. Essa influência ainda não está bem definida, e nem se ele está morto ou não (quem pode estar agindo é sua consciência), mas é fato de que ele consegue acessar seus androides e modificá-los a ponto de, inclusive, dar consciência plena a eles ou fazê-los mentir, já que o mini Robert mentiu para o Dr. Ford, que descobriu apenas em modo de análise e por ele ser o único que pode dar o comando de voz para aquela família.

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No arco secundário, descobrimos que Theresa está por trás do “bug” dos androides, juntamente com outra pessoa, o que deixa o espectador com uma certa dúvida: quando o episódio deixa muita infrmação de maneira gratuita, é quase certeza que não seja bem isso que estamos pensando. Para efeitos práticos, Theresa é inocente até que se prove o contrário

Já o Teddy surpreendeu no episódio, tomando as rédeas da situação e não morrendo e teve um dos pontos altos desse episódio. O que eu ainda não consegui descartar muito bem é a questão da linha temporal, porque quando eles estão indo em direção a Pariah ela já tá destruída, e Pariah era a cidade que o William, Logan e a Dolores estavam, quando deixaram Logan para trás.

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E não poderíamos encerrar esta resenha sem falar da Maeve, que apareceu no início exatamente como a Dolores aparecia: deitada na cama, indo fazer o roteiro dela. Mas o interessante é que ela decidiu morrer pra poder acordar no laboratório, já que ela já fez amizade com um dos trabalhadores do laboratório e pode fazer um “tour” por lá. O outro funcionário também está ciente das modificações porque ela o ameaçou de morte. Agora é aguardar pra ver o que que essas modificações vão fazer com ela na prática, mas a princípio ela tem a consciência plena, de que é um androide e que vive uma mentira.

O que podemos ter certeza desse episódio? Só que a Elsie não deveria ter ido sozinha no esconderijo, de onde estavam ocorrendo as modificações nos androides; que ela não deveria ter ficado lá, e que o Sizemore ainda vai sofrer bastante nas mãos do Dr. Ford antes de tomar alguma atitude prática.

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Podemos criar uma outra teoria a partir desse episódio: talvez a Elsie seja também um androide e agora o Arnold tenha acesso ao laboratório através dela.

Deixei no ar para vocês refletirem! Comente abaixo a sua teoria sobre a série e participe dos debates semanais no canal.

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