O que falar de X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido? Com, melhor começar com uma sinopse mais detalhada… Num futuro pós-apocalíptico onde mutantes e humanos acabaram sendo implacavelmente caçados pelos Sentinelas , só resta fugir para se manter vivo. Entretanto, isso não é uma forma de viver, mas sim de sobreviver, uma constante espera, contando os dias até seu destino certo: ser morto por uma dessas máquinas.

Logo no início do filme vemos que os poderes dos mutantes não chegam perto do que os Sentinelas podem fazer, uma vez que eles parecem absorver tais habilidades e as usam ao seu bel-prazer (se você lembrou do andróide Amazo, da DC, saiba que não foi o único).

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Essa qualidade especial dos Sentinelas, de copiar as habilidades de outros mutantes, veio de pesquisas relacionadas a Mística, que pode copiar a aparência de quem quiser. Ainda durante os anos 70, ela assassina Bolivar Trask (criador do programa Sentinela), mas é capturada e amplamente estudada, permitindo a criação destes “Super Sentinelas”. Afim de mudar a terrível realidade em que vivem, só resta voltar ao passado.

Para retornar ao passado eles, incluindo aí um regenerado Magneto, utilizam as, bem mais evoluídas, habilidades de Kitty Pride, que é capaz de enviar a mente de Logan (Wolverine) para seu corpo mais jovem, ainda nos anos 70 e impedir o terrível destino que os aguarda. Wolverine foi o escolhido para o procedimento por ser o único capaz de resistir ao processo, tendo em vista seus poderes regenerativos.

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A sinopse, que um primeiro instante, pode parecer um tanto complexa, mas a narrativa flui muito bem e todos os fatos se encaixam com perfeição. Apesar de Logan ser o personagem que nos liga aos dois diferentes momentos na linha temporal, o foco do longa não está nele, mesmo que seja um dos personagens centrais e talvez o que tenha mais tempo em tela. Dessa vez a história gira principalmente em torno de Magneto, Fera, Xavier e Mística, os mesmos que tiveram mais destaque no filme X-Men: Primeira Classe.

A ligação direta com Primeira Classe não acontece a toa, afinal todo objetivo deste longa foi criar um elo entre a trilogia original e este. Bom, o resultado foi mais do que positivo e temos um filme que praticamente dá um “reset” na linha temporal dos X-Men. Entretanto, tivemos alguns problemas em estabelecer toda a conexão pretendida e fãs mais atentos, ou chatos, como eu, podem ficar incomodados com diversos furos na continuidade da história como um todo.

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O maior furo, sem dar maiores spoilers, está no que envolve a personagem Mística. Bom, a mutante foi colocada como amiga de infância de Xavier e se aproximou de Magneto por se afeiçoar a sua causa. Porém, na trilogia original não há qualquer indicação de um relacionamento mais íntimo entre Xavier e Mística, assim como não temos qualquer sinal do programa Sentinela estar sendo desenvolvido durante anos, muito menos a mutante já ter sido capturada e estudada para esse propósito!

Se você conseguir passar por cima destes furos, esquecer a desnecessária tentativa de conectar o universo como um todo, e encarar a película apenas como uma sequência direta de X-Men: Primeira Classe, então você vai se divertir bastante e degustar bem mais do filme.

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Agora, o aspecto mais positivo foi, como já havia dito, focarem no elenco de Primeira Classe, que está impecável e dá um profundidade ainda maior aos personagens que já conhecemos. O grande destaque fica por conte de James McAvoy (Xavier) e Michel Fassbender (Magneto), toda vez que contracenam podemos sentir a tensão entre estes dois ex-amigos com visões tão opostas do mundo.

Hugh Jackman mais uma vez interpreta Wolverine como se estivesse trocando de roupa, afinal já foram tantas as vezes que encarnou o personagem que já deve ter se tornado algo praticamente orgânico. Aliás, pra mim, é impossível visualizar outro ator interpretando o papel de Logan.

A trilha sonora, praticamente a mesma de X-Men 2, com a música que nos remete ao clássico desenho dos anos 90 também está de volta e foi simplesmente fantástico escutá-la novamente. Pontos para Bryan Singer por trazer o compositor John Ottman de volta a franquia.

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No mais, encerro dando o braço a torcer em relação ao personagem Mercúrio… Critique bastante o visual, mas no filme pareceu natural e a cena de Pietro (nome do mutante) foi simplesmente fantástica e com certeza será lembrada por muito tempo pelos fãs, tal qual a invasão do Noturno à Casa Branca em X-Men 2.

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Nota: nota 8(8/10)

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