“Você não acha isso meio estranho, não lembrar de um resfriado, febre ou dor de garganta? O que você acha que isto significa? ”
Criado por M. Night Shyamalan, Corpo Fechado, foi um dos primeiros filmes do diretor, produzido em sequência do filme nominado ao Oscar, “O Sexto Sentido”, também protagonizado pelo ator Bruce Willis. O diretor indiano mais conhecido pelos seus excelentes Plot twist, consegue superar seu longa anterior com esse suspense sóbrio sobre super-heróis, com uma trama envolvente e de ritmo lento, iniciando um universo com uma ambientação tão assustadoramente real que qualquer dúvida do espectador de onde começa a realidade e termina é perfeitamente entendível, baseado na quantidade de referências e alusões à mitologia de quadrinhos que ele incorporou no tema e na ambientação do filme.
Bruce Willis interpreta um homem amargurado com a vida, que sobrevive a um acidente de trem só para descobrir que ele saiu completamente ileso, sem um único arranhão em seu corpo. Ele é então contatado por Samuel L. Jackson, que interpreta um homem que sofre de uma doença real chamada Osteogênese Imperfeita tipo 1 e está convencido de que David tem habilidades especiais, como a de um super-herói. A obsessão de Elijah, criando diversas teorias envolvendo a vida do segurança vai afunilando até que suas vidas vão sendo completamente alteradas.
Como sempre Samuel L. Jackson, impressiona na interpretação principalmente no desfecho do filme.Podendo ser considerado facilmente um dos melhores trabalhos de Samuel L. Jackson.
Como sempre Samuel L. Jackson, impressiona na interpretação principalmente no desfecho do filme, passando sentimentos mistos ao expectador, mostrando o quão frágil um ser humano pode ficar quando desconhece sua razão de existir tentando desesperadamente encontrar seu lugar no mundo, assunto frequentemente abordado durante o longa, principalmente através de mensagens subjetivas utilizando a semiótica para exemplificar seu dilema de Vida. Podendo ser considerado facilmente um dos melhores trabalhos de Samuel L. Jackson.
Eficiente na maneira de contar sua história, Shyamalan logo de cara, já apresenta os seus personagens principais, os colocando em ritmo de colisão sem muitas explicações, deixando todo mistério do suspense para ser revelado nos minutos finais do filme acelerando de forma absurda o ritmo da trama, se comparado ao seu começo mais lento. Para ilustrar a fragilidade de Elijah, o diretor utiliza constantemente vidros refletindo como um espelho suas ações, como na cena de seu nascimento, inteiramente filmada pelo reflexo da televisão ou na cena em que ele tropeça na escadaria do metro onde a bengala de vidro simbolizando seu corpo, se estraçalha com a queda.
Um filme que passou despercebido durante seu lançamento e na sombra de seu antecessor, mas que assim que os créditos começam a subir se torna um dos favoritos entre os títulos de super-heróis, se tornando essencial para os amantes do gênero, principalmente numa época em que filmes desse estilo, com um teor mais sóbrio e maduro estão na moda.